quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

SISTEMATIZAÇÃO SEMINÁRIO UPF-CAPES-PIBID 2011

SEMINÁRIO 2011
CAPES- PIBID-UPF
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL ARLINDO LUIZ OSÓRIO
SUPERVISORA: Simone Duval Damini
COORDENADORA: Adriana Abragagnolo
CURSO: Pedagogia


SISTEMATIZAÇÃO SEMINÁRIO 2011
*Por Simone Damini
Nosso seminário iniciou com uma fala muito clara e objetiva sobre o Programa de Iniciação a Docência – PIBID, elencando alguns pontos importantes a seu respeito, bem como, sobre algumas proposições sobre o que ainda se espera do programa neste ano de 2011, já que estamos engatinhando nesse processo.
Dando prosseguimento ao seminário, foram apresentadas todas as áreas que fazem parte do programa, enfatizando seus coordenadores e supervisores das escolas em que os mesmos estão inseridos. Tivemos ainda a fala do representante da 7ª CRE, que elogiou o trabalho que está sendo proposto pela CAPES em parceria com a UPF e a importância do mesmo para o crescimento pessoal e profissional dos acadêmicos-bolsistas dentro da realidade escolar, ou seja, em contato direto com a docência escolar, ressaltando ainda que, essa parceria, auxilia ambas as partes. Citou ainda Gonzaguinha e nos trouxe uma reflexão muito interessante, pois nos diz que juntos somos fortes!
Seguindo a ordem do protocolo e do cronograma, tivemos uma prévia dos trabalhos que estão sendo realizados nas escolas, tanto municipais quanto estaduais, e das diferentes formas que estes estão tomando frente à contextuaização encontrada.
Em um primeiro momento pode-se dizer que todos os grupos tiveram a preocupação em trazer a contextualização das escolas para a sua prática pedagógica, entendendo-se assim que, essa contextualização é de extrema e fundamental importância para a realização e efetivação de qualquer trabalho, independente de sua área de atuação, Matemática, Física, Química, Letras e Pedagogia. E de fato, buscaram transformar a partir disso, práticas reais para as diferentes situações de aprendizagem
Houve grupos que já começaram a confecção de materiais didático-pedagógicos, e por que não dizer, algumas ações pedagógicas, que a meu ver, foram excelentes e certamente com uma aprendizagem satisfatória. Materiais simples e muito objetivos, ou seja, com objetivos claros de aplicação.
Os bolsistas buscaram formas de construir conhecimentos a partir de situações simples e do dia-a-dia, o que me deixa particularmente feliz, pois muitas vezes é na simplicidade que se realizam e se efetivam grandes aprendizagens. Assim como na Química e Física, essa busca de espaço foi emocionante. Essa é a grande tarefa de ensinar, essa é a grande tarefa do professor, enxergar aquilo que ainda não está muito claro, transcender os muros da escola, entender o que de repente muitos ainda não entendem, e por fim, buscar o que é necessário.
Os grupos foram muito bem representados pelos bolsistas, que se mostraram bem receptivos as questões apresentadas, até porque as construções foram COLETIVAS. Nem mais, nem menos. Houve de alguma forma a participação e o empenho de todos.
Dando prosseguimento, tivemos um momento de integração com toda a equipe “pibidiana”, em um almoço fraterno. Em seguida, rumamos para o auditório para prosseguirmos nossos estudos, e lá tivemos a oportunidade de conhecer a Professora Neiva Grando e Adriana Dickel, que juntas fizeram algumas considerações importantes à respeito do nosso trabalho, digo nosso, pois bolsistas, supervisores e coordenadores, estiveram juntos nessa etapa de muito estudo, pesquisa, construção de material, enfim.
As considerações foram muitas, mas uma das questões me deixou muito inquieta: O que o PIBID faz com a ‘mente’ dos acadêmicos? E neste mesmo momento pensei: É verdade. O que estamos fazendo aqui? Quem sou eu frente ao PIBID? Qual é o meu espaço? Como devo agir frente aos bolsistas na escola? E eles em relação a mim? O que posso fazer, além de críticas, para auxiliar no trabalho docente? No que eu-bolsistas, acreditamos em relação à educação e sobre a minha ação enquanto professora municipal e acadêmicos do curso de Pedagogia? Como avalio meu trabalho na escola?
São muitas as questões e talvez, muitas as respostas. E nós temos o dever de estudar e poder responder a estas questões que são simples, porém, exigem reflexão e postura. E quando me refiro a postura, é saber pensar, refletir e colocar no papel de forma clara e objetiva, e se críticas existirem, o que de fato, existirão, apontar soluções, pois criticar é muito fácil, solucionar e buscar alternativas é muito difícil e complexo.
As expectativas são muitas, as realidades diferentes, nossos “pibidianos” cheios de idéias, inovações, vontades e principalmente, muita dedicação naquilo que estão fazendo. As visões diferenciadas tornam o processo mais interessante, e nos mostra o quanto ainda temos que aprender, digo temos, porque me INCLUO nessa aprendizagem. E como me incluo, pois quanto mais leio, me parece que menos sei. É uma sensação única, mas real.
E essas dúvidas que aparecem conforme estudamos fazem jus à fala da professora Adriana, quando ressalta que devemos nos capacitar para dar conta das mudanças aceleradas do nosso mundo, e ainda quando fala, que preciso saber e entender aquilo que não consigo enxergar, enfatizando a questão: Que conhecimentos que tenho para mostrar o que NÃO SEI? E por fim, da HUMILDADE em entender o que ainda preciso aprender, ainda preciso aprofundar. É sério. É preocupante. É desafiador!
Concluindo, sabe-se que as instituições possuem hábitos, costumes, tradições que são difíceis laços a serem rompidos, porém, necessários, pois as mudanças ocorrem aceleradamente e as escolas ‘ainda’ não acompanhem, pois as mesmas necessitam aprender com os sujeitos que vivem nelas. E mais uma vez, uma fala se encaixa nessa perspectiva de educação. A professora Caimi nos diz que “ Para ensinar História a João eu preciso entender de História, entender de João e entender de ensinar”. Temos de ter sensibilidade para entender os processos que envolvem a aprendizagem. O domínio do conteúdo não é suficiente. O conhecimento do aluno não é suficiente. A junção eles sim. A educação é complexa. Temos de ser produtores e disseminadores do conhecimento.
Temos que viver as escolas, arregaçar as mangas literalmente, fazer acontecer, buscar o que não sabemos e aprofundar o que pensamos que sabemos, pois estamos em constante aprendizagem, até porque, somente quem vai viver desse aprendizado, saberá o quanto ele é necessário.
Assim, a interação com os alunos é fundamental, atitudes de acolhimento são indispensáveis, mas não um acolhimento de deixar o aluno fazer o que quer, mas um acolhimento responsável e para o mundo, um acolhimento para a concretização da aprendizagem , para a vida, para a sociedade.
Nós pibidianos temos que construir nossos espaços e para isso, precisamos dar e receber, porque ninguém recebe nada se também não tiver a atitude de doar-doar-se. São idéias novas, experiências novas, conceitos novos,. Isso tudo faz com que arejemos a universidade. Planos novos nos fazem crescer, nos estimulam a estudar. Em todas as esferas há que se aprender, não importa em que ponto estamos, precisamos mais...muito mais.
A educação pode ser comparada a uma caixinha de conhecimentos, onde a produção dos mesmos se recicla em diferentes momentos: o planejamento, a ação, a reação, o feedback, as mudanças, o replanejamento, a avaliação, a quantificação da aprendizagem, a utilização e ferramentas para mensurar o conhecimento de forma a dar conta dos objetivos estabelecidos, enfim. A complexidade dessas ações perpassam significativamente por inúmeros processos, e estes, necessitam cada vez mais de aprofundamento, e não só teórico, mas prático, pois de nda adianta teorizarmos se na prática as coisas não funcionam!

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